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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Corredor expresso que liga Barra à Penha vai desapropriar 3.630 imóveis

15/12/09 - 12h33 - Atualizado em 15/12/09 - 15h15
Corredor expresso que liga Barra à Penha vai desapropriar 3.630 imóveis
Projeto é parte de pacote de obras para Olimpíadas de 2016.

Antes de ser escolhida para Olimpíadas, prefeitura do Rio falava em 1200.

A Prefeitura do Rio vai desapropriar 3.630 imóveis para a construção do o corredor T5 – agora chamado de Transcarioca -, um sistema de ônibus articulado (BRT- Bus Rapid Transit), que vai ligar a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, à Penha, no subúrbio.

A decisão foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (14), pelo prefeito Eduardo Paes. O Transcarioca é um dos projetos da prefeitura para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. Antes de o Rio ser eleita a cidade sede das Olimpíadas, a previsão da Casa Civil era de desapropriar 1.200 imóveis. Agora o número triplicou.

De acordo com a Secretaria municipal de Obras, a mudança ocorreu porque durante a candidatura, os números eram estimativas e o projeto não estava fechado. A Secretaria disse ainda que a maioria das 3.630 desapropriações, que inclui os bairros de Madureira e Jacarepaguá, serão parciais como, por exemplo, o terreno da frente de um prédio e não o prédio integralmente.

Ainda segundo a Secretaria, serão gastos R$ 300 milhões para desapropriar esses imóveis. Para a construção do corredor, o valor previsto é de R$ 790 milhões, sendo que 95% da verba viriam do governo federal.

O Transcarioca terá 28 quilômetros de extensão, e terá 37 estações transportando, em horário de pico, até 25.800 passageiros por hora, em cada sentido.

Pelo corredor T5 passarão os ônibus articulados BRT (Bus Rapid Transit) que ligarão a Barra da Tijuca, na Zona Oeste à Penha.

A previsão é de que as obras comecem em março de 2010 e terminem até 2013, antes da Copa do Mundo de 2014.

Projetos de transporte

Os projetos previstos no pacote de obras para os Jogos de 2016 são a reforma dos dois terminais do Aeroporto Internacional Tom Jobim, melhorias nos serviços de ônibus e na rede ferroviária do subúrbio e a conexão entre as duas linhas de metrô.

O projeto considerado o principal do programa é o do BRT que terá ao todo três corredores. Os três sistemas ligarão a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, a três pontos diferentes: Penha e Deodoro, no subúrbio, e Zona Sul.




17/12/09 - 15h57 - Atualizado em 17/12/09 - 15h57
Desapropriação de casas para corredor expresso já está em andamento
Custo total das indenizações está calculado em R$ 300 milhões.
Transcarioca vai ligar a Barra, na Zona Oeste, à Penha, no subúrbio.

Famílias que estão no caminho do Transcarioca - corredor expresso que vai ligar a Barra, na Zona Oeste, à Penha, no subúrbio do Rio – já estão começando a viver o processo de desapropriação de seus imóveis. Uma empresa está entrando em contato com os proprietários.
O trajeto do chamado T5 é considerado longo pela Prefeitura do Rio: 28 quilômetros de extensão, que começam no terminal Alvorada, na Barra, e vão até o Largo da Penha.
O Transcarioca vai passar por importantes vias da cidade, como a Avenida Ayrton Senna, na Barra, a Cândido Benício, em Jacarepaguá, e vai permitir a integração com trem e o metrô. Entre as obras previstas, estão a construção de um mergulhão na Avenida Ayrton Senna e um novo viaduto paralelo ao Negrão de Lima, em Madureira, no subúrbio.
Serão 37 estações ao longo do percurso, com uma possível ampliação do sistema para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador.
“A cidade do Rio de Janeiro tem uma necessidade efetiva de fazer uma ligação com o aeroporto internacional e estamos desenvolvendo o projeto executivo dessa continuidade da ligação T5 até o aeroporto, partindo da Penha”, explica Luiz Antônio Guaraná, secretário municipal de Obras.
Trecho entre Madureira e Penha é o mais crítico
No caminho do T5 estão 3.630 imóveis em 14 bairros. Segundo a Secretaria de Obras, a maioria das desapropriações é parcial. O trecho considerado mais crítico fica entre Madureira e Penha.
“É complicado, porque é uma região que está muito consolidada, tem vias estreitas. Haverá um grande número de desapropriações, gerando talvez o maior problema que a gente tenha no tocante ao assunto”, afirma o secretário.
O custo total das indenizações está calculado em R$ 300 milhões. Os donos dos imóveis já começaram a receber a visita de técnicos de uma empresa contratada pela prefeitura para avaliar a estrutura da construção. Na Estrada dos Bandeirantes, muitas casas e até estabelecimentos comerciais serão totalmente demolidos.
“Oito anos de trabalho aqui, vários clientes cadastrados e de repente ter que sair de uma hora para outra... Foi dito que o início das obras está previsto para março, então, não temos um tempo legal para trabalhar os clientes e encontrar uma outra loja no centro da Taquara”, reclama Eduardo Antônio Alves, dono de uma oficina.
Advogado recomenda avaliação
O advogado Marcelo Carpenter, especialista em direito imobiliário, recomenda aos donos de imóveis que façam uma avaliação de mercado:
“A pessoa pode buscar essa informação com profissionais especializados, como corretores de imóveis e empresas especializadas em avaliação. Ou então, se a pessoa não se sentir confortável com esse resultado, pode procurar o Judiciário e dar início a um processo de avaliação do imóvel, através de uma medida chamada de cautelar de produção antecipada de provas, pela qual o juiz vai nomear um perito da confiança dele para avaliar o imóvel e estabelecer qual é o preço justo”.
Em entrevista ao RJTV, o secretário municipal de Transportes Alexandre Sansão, afirmou que a obra vai começar no início de 2010.
“A licitação praticamente já teve início e as obras saem do papel no primeiro semestre certamente. Começam em várias frentes, como na área da Barra, onde não temos problemas de desapropriação”.
Tempo de deslocamento será 50 minutos menor
Ao comentar o valor da obra – que era de R$ 500 milhões, mas agora já se fala em R$ 1 bilhão – ele enumerou os gastos com desapropriações, sinalização e construção de estações.
“Temos os custos da infra-estrutura, que está mais ou menos no valor de R$ 500 milhões. Mas temos a desapropriação, o gasto com aquisição de veículos, a construção de estações, os centros de controle, a sinalização”, afirmou.
Ainda de acordo com o secretário, serão cerca de 50 minutos a menos no deslocamento entre a Barra e a Penha.
“Vamos fazer essa ligação entre as duas regiões, integrando com trem, metrô e outras linhas de ônibus, e com o bilhete único, certamente, porque isso ajuda a criar condições para o bilhete único, diminuindo os custos do transporte e favorecendo a população”.

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